Legal a seqüência de créditos: Bush, Powell, Condoleeza e outros amiguinhos em frente às câmeras, estáticos enquanto a equipe de maquiagem passa o pó, tira os fiozinhos de cabelo destoantes, ajusta a iluminação. Gore "perde" a eleição. Passa pra 11 de setembro: gente na rua olhando pra cima, chorando, rezando. A rede de relações entre a família Bush, a família Bin Laden e o atual governo dos EUA. Árabes podem quebrar o país se tirarem seus investimentos. Invasão ao Iraque. Só pobre se alista no exército. Por que nenhum filho de congressista se alistou? Keep on rockin' in the free world. Acabou.
A única coisa boa é mesmo a seqüência de créditos. Fahrenheit 11 de Setembro é uma adaptação fraca de um livro que já era fraco, Cara, Cadê Meu País?. Entendo a preocupação do Moore em fazer um filme simples, direto, para não deixar dúvida em nenhum caipira do Arkansas de que W-Bush-é-o-mal. Mas, com isso, além de perder a ironia que faz dele um gênio, ainda se rende a estereótipos, meias-verdades, frases tiradas de contexto e preconceito - na primeira meia hora do filme você fica com a impressão que qualquer pessoa de turbante só pode ser uma ameaça à democracia.
Sei que tá na moda falar mal do Michael Moore, e justamente por isso me esforcei para gostar do filme. Stupid White Men é excelente, Tiros em Columbine é incrível (apesar dos dois terem pontos bem baixos). O pouco que vi de TV Nation me pareceu genial. Mas ficar no dumb-it-down para que todo mundo, qualquer um com meio neurônio, possa ver e entender sua mensagem, acaba destruindo o filme.
Vai ter algum efeito? Não tem como medir. Ou seja: é só um filme ruim.
Como é o nome do terceiro livro do Steven Johnson, que tu comentasse ser sobre cérebro? Não o Cultura e nem o Emergência.
É esse aqui.
Se comprar, me avisa. :)
Ô-Ã!Como vai você? Só pra marcar minha presença, dizer que tenho gostado muito das coisas que vens escrevendo e deixar um beijinho: :* Cuide-se tá? :)
nunca subestime o poder de filmes ruines.
emistry.com Talk sense to a fool and he calls you foolish.